quinta-feira, 15 de julho de 2010

Primeiro casal gay a casar na América-Latina parte em Lua de Mel. *-*



Em dezembro, Alex Freyre e José María Di Bello foram o primeiro casal gay a trocar alianças na América Latina
Foto:Divulgação / EFE


Alex e José viajam sexta-feira para Roma

Alex Freyre, de 40 anos, e José María Di Bello, de 41 anos, embarcam para Roma nesta sexta-feira. Os dois, argentinos de Buenos Aires, vão à Itália para passar a Lua de Mel.

Além da viagem, os dois têm mais motivos para comemorar. O Senado argentino permitiu, em votação que terminou na madrugada desta quinta-feira, que outros homossexuais se casassem.

Você acredita que os parlamentares brasileiros aprovariam uma lei semelhante à argentina? Dê sua opinião.
meses, antes de a prática ser legalizada no país, sendo os primeiros gays a trocarem alianças na América Latina. A permissão para o matrimônio veio depois de uma batalha de nove meses na Justiça. Desde 28 de dezembro de 2009, o casal Alex e José têm os mesmos direitos de casais heterossexuais — direitos que foram estendidos a todos os gays e lésbicas da Argentina.

— É uma proteção para nossas famílias e o reconhecimento de nossos direitos fundamentais. O primeiro e maior obstáculo que enfrentamos foi criar coragem e confiança para buscarmos nosso casamento — disse Alex, que trabalha como diretor executivo da Associação Buenos Aires SIDA.

A aprovação do casamento gay na Argentina não foi sem conflitos.
Protestos contra e a favor da medida tomaram conta de Buenos Aires. Em jogo não estava apenas o direito de casar, mas também de adotar. Quando perguntado se pensa em ter filhos, Alex diz que pretende alcançar a estabilidade financeira e ter casa própria para amadurecer a ideia.

No Brasil, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é legalizado. Entretanto, alguns casais já assinaram contratos de união estável. Os porto-alegrenses Roberto, de 38 anos, e Marcelo, de 39, vivem juntos há seis anos. Há três eles formalizaram a relação em busca de garantias civis.

— Direitos civis, direitos de partilha, são extremamente importantes. Isso nós já temos por aqui, mas seria bom que o casamento gay fosse legalizado logo. Acho que foi um avanço para os argentinos, mas devo confessar que já fico satisfeito com o fato de não me impedirem de ser homossexual, como fazem em países como o Irã — diz Roberto.

Veja como é a situação dos casais homossexuais em outros países

Roberto conta que já discutiu com um casal de amigas lésbicas a possibilidade de usar a inseminação artificial para que tenham filhos. A ideia ainda será amadurecida pelos dois casais.Como uma numerosa família, viveriam felizes para sempre.

— Nossos filhos teriam dois pais e duas mães. Além de muito amor, ia ser muito pouco provável que ficassem órfãos — brinca.



Fonte: ZEROHORA.COM

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