quinta-feira, 15 de julho de 2010

De onde vem a homossexualidade?

Muito se discute hoje se as origens da homossexualidade são de bases essencialmente genéticas ou ambientais. O fato é que não há comprovações científicas. Se for genético, devem haver genes, mas não se trataria de um único gene, e sim de um caso mais complexo de vários genes interagindo, até com o meio, o que tornaria muito mais difícil a tarefa de associar um gene a uma característica.
autismo é genético, mas suas bases não estão determinadas. Tal qual o homossexualismo, trata-se de um comportamento e, por isso, limitar as suas causas torna-se bem complicado. No fundo, creio que haja uma predisposição genética a gostar mais de um sexo do que de outro, o que significa uma influência genética.
Em termos comportamentais, os genes não determinam nada. Não se diz se você tem o gene da raiva, o gene da simpatia, o gene da coragem. Mas podem haver predisposições, que são muito moldadas pelo meio, principalmente nas fases iniciais da vida. No caso de homossexuais, muitos meninos são estigmatizados durante a infância porque são mais afeminados, gostam de brincadeiras de meninas e outros. Isto tudo pesa a favor da influência genética.
Agora, vale a pena definir o que é ser homossexual. Se você sente atração pelo mesmo sexo, mas nunca se relacionou com o mesmo, você é homossexual? Ou você só passar a ser homossexual a partir do momento que mantém relações? Eu acredito mais na primeira opção, porque o que importa é o desejo, a atração, a vontade latente.

Mas, que fique bem claro, para assumir a homossexualidade e passar a ter relações com o mesmo sexo, é óbvio que é influência do meio. Porque se você vive numa família tradicional, numa escola conservadora, com influências religiosas, a tendência é que se esconda o desejo por causa da discriminação que há. Porém, se você crescer num ambiental mais liberal, ficará mais à vontade para assumir.
Logo, a predisposição genética deve existir na atração, mas como lidar com isso é principalmente ambiental, porque não implica só no desejo, mas no status social, na aceitação ao grupo, na questão familiar, no trabalho e tudo o que te rodeia.
Pode ser que no futuro a ciência esteja mais próxima de indicar as origens deste comportamento, mas não conseguirá quantificar ou determinar, e o tema continuará sendo um jogo entre a genética e o ambiente.

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